ANTES
ANTES
Ouvidos clamam:
queremos ouvir.
A boca:
não há palavras?
Os olhos:
quero o desenho no ar.
O corpo se move,
Busca.
O silêncio não desvela a sua vela,
O vento sopra, a luz apaga
momentos de angústia.
Face revelada no deslizar das pálpebras.
Regalo de espanto no antes,
raspando frestas como enxada cavando.
Cada sopro de vida na ida através da partida.
Suspiro cansa e lança como som perdido.
Armadilha armada,
silêncio cai!
Preso sangra, sangue perdido e ardido,
espinho no ar.
Pedido feito para o gênio da lâmpada,
que em seu turbante fosse ficar.
Desejo aceito,
agora reside sobre a cabeça no ar.
Sons com seus exércitos montam fileiras armadas
para o silencio aprisionar.
Engano...
Silêncio livre
a seduzir as
palavras e
eternamente enamorar.
Francisco Aguirra ( Revisão de Texto)
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