Esquina
Esquina
Quatro por quatro,
Ou quatro por um quarto.
Quarto aberto, quatro pontas a se juntar,
pontas afiadas lançadas ao ar,
risca de giz a se montar, esquadro num quadro.
Pontas voam,
terreno fértil, cada um num canto com seu encanto.
Rodopia ao som do silêncio na sapatilha de ponta que
aponta a luz do luar
Engano
É noite
tempo
Luz solar
Abre portal
a rasgar ponta,
ponte a atravessar
Corre por outra ponta, esquadro no enquadro,
Ponta contundente que crava os dentes,
Sangra,
Escorre,
Corre,
pulsa
Expulsa
Lirismo.
Libido solto
mexe
remexe
segredos íntimos.
Olhos fixos,
seios alimentam sob estampa,
Destampa a verdade nua
Crua...
Transita outra ponta,
cola em muros seguros,
rasgo frágil
expande dor
sombra da cor.
Caneta aponta
contorna osso,
Esqueleto sobe
movimenta
ego sem eco...
Fios se desmancham criando várias pontas.
O sol nasce, a ponta se encanta e aproxima sua trama nas três pontas.
O esquadro se forma
corpo sente e não se ofende.
Quatro por um quadro.
Porta aberta, pontas brilham como por encanto.
Cada uma com sua linguagem recusam matrimônio à margem.
Francisco Aguirra ( Revisão de Texto )
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